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Nilmar Lage

Mestre pelo Programa Interdisciplinar de Pós Graduação em Estudos Rurais da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFJVM), com uma pesquisa fotoetnográfica sobre a Comunidade Quilombola do Ausente. Pós Graduado em Cinema e Linguagem Audiovisual pela Estácio de Sá. Graduação em Comunicação Social / Jornalismo pelo Centro Universitário do Leste de Minas Gerais (2006). Atuando principalmente nas áreas de fotografia e audiovisual. Jornalista independente colabora em veículos como Brasil de Fato, Agência Pública, Greenpeace, AFP (Agence France Press), The Intercept Brasil, MAM (Movimento Pela Soberania Popular na Mineração), MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra), ASA (Articulação do Semiárido), MAB (Movimento dos Atingidos por Barragens), CAV (Centro de Agricultura Alternativa Vicente Nica), Mídia Ninja e outros. Autor de documentários como "Senta a Pua" (que fala do massacre de trabalhadores da Usiminas, em Ipatinga/MG em 1963); "Fragmentos de um Conflito Iminente" (trazendo movimentações iniciais para o golpe civil militar de 1964); "Esperança Liberdade Novo Horizonte" (um ponto de vista sobre uma ocupação do MST no leste de Minas Gerais); "Remanescência"(fazendo um registro das tradições africanas nas comunidades quilombolas do Ausente e Baú, na cidade do Serro/MG). Lançou em 2017 o fotolivro "Corpos Conflitantes", que recebeu o prêmio "Mídia e Direitos Humanos" da Secretaria de Estado de Direitos Humanos, Participação Social e Cidadania de Minas Gerais. Possui uma vivência no Vale do Jequitinhonha/MG desde 2008 e desde o rompimento das barragens de Fundão e Mina Córrego do Feijão, acompanha desdobramentos desses crimes socioambientais. O trabalho “Retirada Violenta” tem circulado por festivais no Brasil e no mundo, e recebeu uma Menção Especial da ONU Migración em 2021.

Prêmios

Menção Especial Concurso Suramericano Fotomigración – ONU Migración 2021
 

Prêmio de Jornalismo do Vale do Jequitinhonha, Encontro de Comunicadores do Vale do Jequitinhonha. 2019 e 2021.

Prêmio Mídia e Direitos Humanos, Secretária de Estado de Direitos Humanos

Participação Social e Cidadania, Belo Horizonte – Livro Corpos Conflitantes, 2017

Residência MUFF – Festival de fotografia de Montevideo, Montevideo/Uruguai 2016

Bolsa Residência Caravana Magnum, Ouro Preto 2016

XI Prêmio Conrado Wessel de Arte, São Paulo 2013 (finalista)

II Cine Curtas Lapa Festival, Melhor fotografia “Passagem”, Rio de Janeiro 2013

Salão Pérsio Galembeck – 2011 e 2014

Banca Aberta – Intervenções Urbanas, Ipatinga 2011

Mostras BDMG Cultural, Belo Horizonte_2011

Interceptar -  Mercado Livre na Dança 2011 (III edição), Ipatinga_2011

II Fórum de Arte Contemporânea, Ipatinga_2009

Prêmio de ocupação da Galeria do Teatro Zélia Olguin, Ipatinga_2008

“Histórias de trabalho”, Porto Alegre_2008

Massacre de Ipatinga - Versão dos autos

“Massacre de Ipatinga, versão dos autos”, é uma websérie pensada para compartilhar parte de uma versão pouco visitada pelo público sobre esse evento histórico na cidade de Ipatinga – MG, sede da siderúrgica Usiminas. Uma leitura parcial do inquérito 2.035, da corregedoria da Polícia Militar e do processo administrativo da Assembleia Legislativa de Minas Gerais, que investigaram responsabilidades sobre o assassinato de sete trabalhadores e uma criança acontecido em 07 de outubro de 1963.   Neste primeiro episódio o público tem acesso às informações de que os vigilantes da Usiminas vigiavam os trabalhadores, mesmo fora da empresa, e alertavam para uma possível greve que aconteceria no dia 07 de outubro de 1963.  

Imagens e direção: Nilmar Lage / Edição: Thiago Moreira / Almeida: Julliano Mendes / Figurino: Fernanda Tropia

Retirada Violenta

o esbulho possessório é a retirada violenta do legítimo possuidor de um imóvel – residencial, rural ou comercial. A série apresenta o olhar poético sobre esse termo jurídico, a partir de vivências nas ocupações urbanas em Foz do Iguaçu/PR e Timóteo/MG; acampamentos do MST em Açucena/MG e Periquito/MG; Comunidades Quilombolas em Antônio Dias/MG, Açucena/MG e Vale do Jequitinhonha/MG; zona rural de Conceição do Mato Dentro/MG e regiões atingidas pelo rompimento da Barragem de Fundão e Córrego do Feijão e também comunidades indígenas do oeste do Paraná, atingidas pela construção da Hidrelétrica de Itaipu. A série mostra a resistência do povo que luta por direitos fundamentais frente aos interesses de entidades e homens brancos do poder. 
 

retirada Violenta é a continuação da pesquisa apresentada no livro “Corpos Conflitantes”, lançado em 2017.

Paixão

a história de sete mães que acompanharam o sofrimento e morte de seus filhos por câncer. O projeto foi baseado na Paixão de Cristo e motivado por uma experiência particular do artista Nilmar Lage, quando sua mãe acompanhou seu irmão com câncer em um processo de sofrimento e dedicação. Amor e esperança. Morte. O objetivo foi proporcionar discussões sobre um tema que muitas vezes é tabu: a morte. Outra preocupação é manter vivas ideias ou ideais deixados pelos entes queridos. Essas e outras experiências valem o compartilhamento, pois o câncer ainda é uma doença muito temerosa e sofrida. Tanto para quem desenvolve um caso quanto para os que acompanham de perto o tratamento. Assim, passar por provações como essas deixa marcas. Muitas vezes o amadurecimento é maior do que a decepção e por isso a importância de amparar outras pessoas com a vivência dessas mães.

Corpos conflitantes

ao falar do processo de formação sociocultural do Brasil, Darcy Ribeiro (Povo Brasileiro,1995) abre o capítulo “Classe, cor e preconceito”, falando de corpos conflitantes. Para ele, “nossa tipologia de classes sociais vê na cúpula dois corpos conflitantes, mas mutuamente complementares. O patronato de empresários... e o patriciado...” Nessa hierarquia de classes proposta por ele, representada por um losango, ao invés da conhecida pirâmide, haveriam outras subdivisões: “formando a linha mais ampla do losango das classes sociais brasileiras, fica a grande massa das classes oprimidas dos chamados marginais... Seu desígnio histórico é entrar no sistema, o que sendo impraticável, os situa na condição de classe intrinsecamente oprimida, cuja luta terá de ser a de romper com a estrutura de classes. Desfazer a sociedade para refazê-la.” Por essa luta diária, por uma busca constante de reconhecimento e direitos, o termo “corpos conflitantes” foi realocado para esse grupo que representa a minoria com poder econômico, mas maioria na composição desse “povo brasileiro”. É dessa maioria que sofre com descuidos e descasos generalizados e que se aloja na periferia de regiões abastadas dos grandes centros, ou em bolsões de seca e até mesmo em cidades históricas do chamado “circuito do ouro”, locais onde o real e a realeza não fazem mais o mesmo sentido de outrora, que se fala em “Corpos Conflitantes”. O ensaio é uma organização dos principais trabalhos que desenvolvo e como disse o artista visual Rodrigo Zeferino, é uma espécie de “tipologia do sujeito sofrido”. 

prêmios:

 

Mídia e Direitos Humanos - Secretaria de Direitos Humanos,

Participação Social e Cidadania de Minas Gerais (2017)

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